Desenhos, brinquedos e músicas são usados para colher depoimentos de vítimas de violência infantil

O projeto Palhaços Sem Juízo busca acolher crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de abuso sexual e violência doméstica. É uma ação que complementa o trabalho da equipe de psicólogos do TJ-SP. A interação ocorre no momento da chegada delas em fóruns da capital, antes de serem ouvidas e darem seus depoimentos sobre os abusos sofridos. “Os palhaços se fazem presentes na quebra da solenidade e rigidez do ambiente judiciário, na ruptura do tom protocolar da situação. Pela arte, sensibiliza e busca promover a livre expressão de crianças e jovens, que experimentam assim uma perspectiva de mudança. Um trauma pode ser superado, e a arte contribui para isso”, avalia Soraya Saide, integrante da trupe dos Palhaços Sem Juízo, que é um trabalho voluntário feito no Tribunal de Justiça de São Paulo. Para abordar as vítimas, não existe um roteiro criado pelos palhaços. Eles sentem como estão as emoções de crianças e familiares e partem para a arte do improviso. “Não é uma apresentação de uma cena ensaiada. É um teatro que se faz em tempo real, por meio do jogo do improviso junto com a criança. A partir de pequenos sinais que ela dá – um olhar que aponta algo, um gesto – uma breve história se constrói”, diz Soraya. Para as famílias das vítimas, a presença dos palhaços surpreende. “Elas percebem que as crianças reagem ativamente, positivamente, envolvidas na história”, acrescenta.

Leia a reportagem na íntegra: www.estadao.com.br/emais/comportamento/desenhos-brinquedos-e-musicas-sao-usados-para-colher-depoimentos-de-vitimas-de-violencia-infantil.

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